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Novo manual orienta o Judiciário sobre atendimento a pessoas com autismo

Brasília, [data de publicação] — O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou recentemente um Manual de Atendimento e Acolhimento de Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), com o objetivo de orientar tribunais, fóruns, magistrados, servidores e operadores do direito sobre práticas mais inclusivas no trato com cidadãos autistas.

Conteúdo e finalidade do manual

O manual aborda desde conceitos básicos sobre o autismo até orientações práticas para remover barreiras no atendimento e asegurar os direitos dessas pessoas Entre os temas tratados estão:

·       Definição e características do TEA, ressaltando que não se trata de doença, mas de uma condição de desenvolvimento neurológico.

·       Barreiras enfrentadas por pessoas autistas em ambientes judiciais e sugestões de ajustes razoáveis para atendê-las melhor.

·       Procedimentos administrativos para priorização e facilitação no trâmite de processos, quando necessário.

·       Uso de linguagem clara e objetiva, capacitação de servidores, e sensibilização para aspectos como literalidade, estresse sensorial e rigidez cognitiva.

·       Inclusão de adaptações no atendimento presencial e remoto, com vistas a promover a autonomia e o protagonismo das pessoas com TEA.

 Contexto legal e institucional

O manual é resultado do trabalho de um grupo instituído pela Portaria CNJ nº 315/2022. A publicação pretende servir como instrumento de aprimoramento contínuo dos serviços judiciais, sem se esgotar como referência. Além disso, o documento sugere que os tribunais adotem cursos de capacitação para servidores, gestores e magistrados para lidar com as particularidades do TEA. Em alguns casos, permite-se que o servidor com autismo solicite identificação (por exemplo, no crachá) para facilitar o acolhimento.

A Resolução CNJ nº 401/2021, que trata da acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência nos órgãos do Poder Judiciário, é referência normativa citada no manual para reforçar a prioridade de atendimento de pessoas com deficiência, incluindo aquelas com TEA.

📍 Repercussão nos tribunais estaduais

Diversos tribunais estaduais já começaram a adotar ou divulgar o manual para guiar suas práticas locais. Por exemplo:

·       O Tribunal Regional Federal da 1ª Região divulgou a versão digital do manual, destacando sua importância para promover ambientes mais inclusivos nos órgãos judiciais regionais. Tribunal Regional Federal da 1ª Região

·       O Tribunal de Justiça do Pará ressaltou que o manual deverá servir como base para aperfeiçoar serviços destinados a pessoas com TEA nos tribunais locais. TJPA

·       O Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região lançou uma versão adaptada do manual para atender magistrados e servidores do trabalho às demandas específicas de pessoas com autismo. portal.trt14.jus.br

✅ Importância e desafios

A iniciativa reforça o compromisso do sistema de Justiça com a inclusão, a dignidade e o respeito às diferenças. Por meio dessa orientação padronizada, espera-se reduzir casos de atropelo, incompreensão ou descartes de usuários com TEA em órgãos judiciais.

Entretanto, a efetividade dependerá de implementação concreta: capacitação contínua, fiscalização, monitoramento e adaptação constante das práticas institucionais serão essenciais para que o manual deixe de ser apenas um documento e passe a ser vivenciado no dia a dia do Judiciário.

Disponível em:

https://www.tjpa.jus.br/PortalExterno/imprensa/noticias/Informes/1579174-manual-do-cnj-traz-normas-para-aperfeicoar-o-acolhimento-de-pessoas-com-autismo.xhtml?utm_source=chatgpt.com

https://www.cnj.jus.br/novo-manual-orienta-judiciario-sobre-atendimento-a-pessoas-com-autismo/?utm_source=chatgpt.com

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