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Entenda o que são os níveis de suporte no autismo

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição que se manifesta de diferentes formas e intensidades em cada pessoa. Por isso, o diagnóstico leva em consideração não apenas as características do autismo, mas também o nível de suporte que a pessoa precisa em seu dia a dia. Esses níveis ajudam profissionais e famílias a compreenderem melhor as necessidades individuais e a planejarem estratégias de acompanhamento mais adequadas.

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), o autismo é classificado em três níveis de suporte, baseados na quantidade de ajuda necessária para que o indivíduo possa se desenvolver, se comunicar e interagir com o ambiente.

🔹 Nível 1 – Requer Suporte

As pessoas neste nível costumam ter mais autonomia, mas ainda enfrentam desafios na comunicação social e na adaptação a mudanças de rotina. Podem apresentar dificuldades em compreender sutilezas da linguagem ou manter conversas mais longas. Com apoio adequado, conseguem estudar, trabalhar e realizar atividades cotidianas de forma independente.

🔹 Nível 2 – Requer Suporte Substancial

Neste caso, há maiores dificuldades na comunicação verbal e não verbal, além de comportamentos repetitivos mais evidentes. O indivíduo pode precisar de acompanhamento constante em casa, na escola ou no trabalho. As interações sociais tendem a ser mais limitadas, e as mudanças de rotina costumam causar desconforto significativo.

🔹 Nível 3 – Requer Suporte Muito Substancial

É o nível que indica maior necessidade de ajuda. A pessoa pode ter pouca ou nenhuma fala funcional, demonstrar forte resistência a mudanças e apresentar comportamentos que interferem nas atividades do dia a dia. O suporte é contínuo, envolvendo profissionais especializados e familiares para garantir segurança, comunicação e bem-estar.

Segundo especialistas, os níveis de suporte não são rótulos fixos, mas referências que podem mudar ao longo da vida, de acordo com o desenvolvimento e o acesso a terapias e intervenções adequadas. O mais importante é reconhecer que cada pessoa autista é única e tem potencial para aprender e se expressar dentro de suas próprias condições.

Promover a compreensão sobre os níveis de suporte é um passo essencial para fortalecer políticas de inclusão, adaptar ambientes e garantir que todas as pessoas autistas tenham acesso ao que realmente precisam: respeito, acolhimento e oportunidades.

💬 “Os níveis de suporte não medem capacidade — medem o quanto a sociedade precisa se adaptar para incluir.”

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